quinta-feira, 26 de novembro de 2009

MODA

A sociedade nos diz o que é beleza, nós quebramos esse paradigma. As passarelas nos mostram quais serão as tendências. As vitrines nos injetam suas doses homeopáticas de desejo. A moda nos consome, e nós consumimos a moda. Moda se faz, estilo se tem. Somos vítimas e assassinos condenados e julgados. Mas condenamos, julgamos e conceitualizamos. Sublime estilo, poder, classe, luxo, glamour, têndencia, sofisticação, ilusão... Morte regenerativa dos sentidos! Very Important Person Aclamados, invejados, requisitados por flashs. Pessoas, bocas e sentimentos orgásticos. Somos fodásticos, fashionistas. Não é barato, sai caro. Mas tudo tem um preço! Você tem seu preço... Eu faço do meu jeito, o meu preço você não paga! Desculpa, somos atípicos.
E certamente, não somos para você. =]

domingo, 8 de novembro de 2009

New Moon...

“Bella, pare com isso agora!” Meus músculos travaram, paralisando-me onde eu estava. Porque agora não era voz de Jessica que me repreendia. Era uma voz furiosa, uma voz conhecida, uma voz linda – suave como veludo, mas mesmo assim colérica. Era a voz dele – eu tinha o cuidado excepcional de não pensar em seu nome. Sacudi a cabeça, tentando entender. Eu sabia que ele não estava ali, e, no entanto, sentia-o improvavelmente perto, perto pela primeira vez desde... desde o fim. Eu não podia pensar nele. Isso era algo a que eu tentava me prender. Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar do passar do tempo. Eu estava alerta, sentia a dor – a perda dolorosa que se irradiava de meu peito, provocando ondas arrasadoras de dor pelos membros e pela cabeça -, mas era administrável. Eu podia sobreviver a isso. Não parecia que a dor tivesse diminuído com o tempo, na verdade, eu é que ficara forte o bastante para suportá-la. Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez um dia, anos mais tarde – se a dor diminuísse a um ponto que eu pudesse suportar -, eu fosse capaz de olhar o passado, aqueles poucos meses que sempre seriam os melhores de minha vida. E, se fosse possível que a dor se atenuasse o suficiente para me permitir isso, eu tinha certeza de que me sentiria grata pelo tanto que ele me dera. Fora mais do que eu pedira, mais do que eu merecia..Talvez um dia eu conseguisse ver os fatos desse modo. Mas e se esse buraco jamais melhorasse? Se as bordas feridas nunca se curassem? Se os danos fossem permanentes e irreversíveis? Eu me controlava.Como se ele nunca tivesse existido? Era loucura. Uma promessa que ele jamais poderia cumprir; uma promessa que foi quebrada assim que ele a fez... Por mais que lutasse para não pensar nele, eu não lutava para esquecê-lo. Eu me preocupava que minha mente fosse uma peneira e um dia não conseguisse me lembrar da cor exata de seus olhos, da sensação de sua pele fria ou da textura de sua voz. Eu podia não pensar naquilo, mas queira me lembrar de tudo. Por que só havia uma coisa em que eu precisava acreditar para poder viver – eu precisava saber que ele existira. Era só. Todo o restante eu podia suportar. Desde que ele tivesse existido. Proibida de lembrar, com medo de esquecer; era uma situação limite. New Moon